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quenos postigos rentes ou quasi rentes com o assoalho para que as senhoras ou as escravas debruçando-se vissem menos expostas ao publico, o que se passava na rua ou chamassem os pregoeiros vendedores de quanto podia precisar a mesa da familia.

No seculo passado e ainda no principio do actual havia quitandeiros ambulantes de todos os generos da alimentação geral dos habitantes da cidade: os escravos vindos da Africa, negros e negras corrião as ruas da cidade que hoje se chama velha, apregoando além do peixe e das verduras, o feijão, a farinha, o arroz, o guando, o milho verde e secco, e tudo já medido em taboleiros pyramides, de que erão base a porção avultada e necessaria á familia numerosa, e apice o quinhão de cinco ou dez réis que convinha aos pobres.

Tudo se vendia pelas ruas e até os refrescos utilissimos em paiz de tanto calor: ninguem então se lembrava do gelo, ninguem desejava os sorvetes do nosso tempo; não havia confeitarias; mas era certo o popular aloá, a innocente e refrigerante cerveja do arroz, apregoado nas