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de seus pais significão alegria da familia, patronagem dos escravos, perdão de castigos, emancipação para um ou outro, e esperança para muitos desses miseros condemnados. O nhônhô é o travesso que assegura impunidade aos complices; a nhânhã é quem as vezes acalenta em seus braços a filha ou o filho da escrava de sua predilecção: o nhônhô, a nhânhã, a sinhá-sinha são quasi sempre amados pelos escravos da casa.

Cada escravo traz ao nhônhô o passarinho que apanhou no laço, a nhânhã uma fructa e uma flôr silvestre, um ninho de beija-flôres, pombinhas rolas á crear, o pouco, que e muito, porque é tudo quanto elle póde dar.

E essa affeição que alguns escravos tributavão aos senhores moços á quem tinhão visto nascer e crescer era (como ainda se observa) talvez o unico sentimento generoso contrastador do odio que todos os escravos naturalmente votão aos senhores.


VIII

A fama da belleza dos dous lirios tinha chegado aos ouvidos de Alexandre Cardoso que em