encontrado com eles, montando um cavalo roubado?

Juvêncio contou toda a história do seu encontro com os ladrões.

— Ora! Deixe-se de histórias! — acudiu o homem. — Você vai seguir conosco, e lá na fazenda se explicará!

Seguiram, — os dois a cavalo, e Juvêncio a pé, entre eles, vigiado, — pela mesma estrada por onde tinham aparecido.

Correram, durante cerca de hora e meia, e chegaram à fazenda do coronel.

O coronel estava dormindo, mas foi chamado e levantou-se logo. Juvêncio, ainda com as mãos atadas, foi levado à sua presença, — e um dos sujeitos o mais velho, começou a relatar o que sucedera.

O fazendeiro, ouvindo-o, não tirava os olhos de sobre o rapaz, — uns olhos duros, pardos, frios, sombreados por espessas sobrancelhas. Juvêncio, olhando-o também, tremia de medo: aquele homem tinha na face uma expressão de maldade feroz... Era um velho sertanejo, queimado do sol, — cabelos grisalhos, duros e maltratados, uma barba rala e desigual, pele enrugada como um couro franzido.

O homem concluía o seu relatório:

— Os ladrões eram três. Infelizmente, só pudemos apanhar este...

— Sim! — rugiu o patrão. — E os cavalos? Nem os cavalos, nem os ladrões! E é assim que vocês sabem cumprir as minhas ordens e cuidar dos meus interesses? Vocês são tão bons como eles!