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Da patria sua as fontes e os rochedos
Melodicos segredos
Nos labios lhe infiltraram:
E as fadas dos arroios diamantinos
Mil delicados hymnos
Sorrindo lhe ensinaram.

A negra pertinaz melancolia
Longe de si bania
Tangendo a doce lyra;
Se algum pezar a mente lhe roçava,
As azas lhe queimava
Da inspiração na pyra.

Mas nem sómente a musa galhofeira
Alegre e prasenteira
Vinha inspirar-lhe o canto:
Ah quantas vezes, quantas, sôbre a lyra
O Bardo não sentira
Correr acerbo pranto!

Outras vezes rasgando ethereos véos
O arrebatava aos céos
Valente inspiração;
Então não era mais simples poeta;
Fallava qual propheta
A Deus e á creação!