EU
Naquella ermida derrocada agora
Já não sôa do sino a voz garrida
Pela cupola nua;
Nos ermos nichos alta noite chora
O môcho, e pela abobada fendida
Entra um raio da lua.
Eis minha historia, amigo: os que hei amado
Desceram para os tumulos; e eu vivo
Só de crueis lembranças,
Qual estatua de um templo derrocado;
Cerca-me este espetaculo afflictivo,
Cinzas sem esperanças.