de prazer me consome. Perdi o gosto de meus lindos cordeirinhos: as flores já não me alegram, nem folgo de ouvir as aves, porque choro, quando as ouço. Se em o teu nome se fala, eu sinto repetir em o meu peito o eco. Alegro-me quando te vejo, mas o coração sempre palpita, esse mal que eu padeço, é o bem de que falam todos quem pudera não o ter, pois é mal que tanto atormenta! Quando deixo de te ver, muito me lembra para dizer-te; mas parece que querem as Fadas más que em te vendo, tudo me esquece, e passa o tempo tão depressa que nunca tenho lugar, nem para dizer o que sinto, e fico tão doente, como antes. Oh desgraçadas Pastoras, se a este mal são arriscadas! Quem pudera dizer a todos o tormento, que eu padeço, para que se acautelem antes de cair doentes! que isto é morte, que dura sempre; agonia, que não acaba; dor, que de cada vez mais cresce, e a desgraça maior que todas. Onde irei, que não leve comigo a pena, que me acompanha? Pelo que eu me resolvo a dar-te a mão de esposa, a ver se me farto de estar contigo. Belíssima Atília, (lhe respondeu Belino) eu vos amo com tal extremo, que já de antemão tenho pago o vosso afeto; mas não é para mim a ventura, para que me destinais, porque não só