Embarcou Delmetra em Esparta com tão excessivo prazer, que este parecia querer descobrir-lhe o segredo pelo que amava a Belino; e como quando o afeto suborna com a esperança de alívio, não se temem os naufrágios, não a embarçaram distâncias, nem a demora, que aquela nau poderia ter em Micenas, onde ia incorporar-se com outras, que também transportavam aprestos de guerra para Corinto. Chegando a Micenas, onde não teve mais demora que dous dias, ouviu uma notícia, que pelos sinais a persuadiu que Belino havia acabado em um encontro, em que diziam foram mortos cinqüenta soldados. Triste, e magoada chorava de contínuo aquela funesta novidade, já sentindo haver deixado a brenha, as feras e os montes. Chegaram com boa viagem a Corinto; e quando desejava não fazer desembarque, esperando voltar para Esparta na mesma embarcação, foi obrigada a saltar em terra, onde nem se animava a perguntar por Belino, tendo por certo que era morto.
Um venerando ancião, que sobre a areia estava como observando o que se passava naquele porto, vendo as contínuas lágrimas de Delmetra, chegou a perguntar-lhe a causa de seu