noite, se despediram ambos de Delmetra, que determinando fazer no dia seguinte a sua viagem, se recolheu à casa de cada vez mais triste, e saudosa.
Como o tempo da guerra é favorável para os desgraçados, a quem domina o espírito de vingança, os inimigos de Antionor, que se não descuidavam em excogitar meios para a sua ruína, sabendo que havia ido àquele lugar, e que se apartava largo tempo a comunicar Delmetra, o acusaram por suspeito de inconfidência. Na madrugada daquela mesma noite, dando repentinamente em casa dos paisanos, que haviam concorrido para tanto mal, pelo que murmuraram os seus reparos, prenderam Delmetra, que foi levada a um cárcere privado, e na mesma hora foi preso Antionor, não porque entendessem haver nele culpa, nem porque assim o pedissem as cautelas da guerra, sim porque com a sua última ruína conseguiam os maus a sua vingança, e outros ficavam livre de seus justos arbítrios. Deram conta a Anfiarau, que era fácil em crer, e transformar em ódio o afeto: o que ordinariamente consegue a maldade das gentes, quando se não descuida de recomendar a fingimentos, e enganos a ruína de seus próximos; mandou o Rei, que uma esquadra o acompanhasse até a Corte, onde vistas as