os bárbaros ao seu porto, para onde o rigor da desventura havia conduzido à Diófanes, e sua desconsolada família, que tendo lugar para os magoados desafogos, choravam a morte de Almeno, suspiravam pela liberdade, e não perdiam a lembrança dos cuidados, e amantes delírios de Arnesto, que com finíssimos extremos havia pretendido a bela Hemirena. Não se ouviam naquele desembarque mais que os lastimosos clamores ao céu, com que uns se lembravam dos que havia deixado, e outros choravam sua triste escravidão. Diófanes e Climinéia (a quem mais magoava a filha, que levavam) com inexplicável conformidade a dispunham, para trocar os descansos pelas fadigas; e Hemirena discretamente aflita animava a mãe, dizendo:
Suspendei, Senhora, as correntes do amargo pranto, se acaso mais vos afligem a meu respeito os pesados grilhões da escravidão: nem seja cruel despertador do vosso cuidado a periga idade, em que me vedes; que eu juro aos Deuses, que me sustentam, fazer sempre ações dignas de quem teve lugar nas vossas entranhas. A este tempo, em que as lágrimas, e suspiros mais vivamente expressavam o sentimento, se repartiram os escravos, negando a filha aos olhos da mãe; e Diófanes, por chegar mal ferido, o venderam para Corinto