cultos de Diana, que castigou a Acteon; e os horrores do Reino de Plutão; e querendo fugir de um vulto, que vinha buscando a fonte, foram sentidas, e lhes disse aquela fantasma com voz alta, e rouca: Quem sois, que a esta hora vos atreveis, a entrar na minha morada sombria? Não se animaram a responder-lhe, porque de medo quase perdiam os sentidos, pois entre as sombras o mais que podiam ver era um vulto preto, que lhes parecia ser de espantosa estatura, e que em uma das mãos trazia um curvo cajado; depois de um pequeno intervalo, continuou em cantar os sustos de Galatéia, que desdenhava a Polifemo; a desgraçada morte de Pocris, a quem Zéfalo tirou a vida, e os receios de Siques, tendo em seus braços Cupido, e finalmente invocava a poder de Júpiter, queixando-se dos homens; assim chegou à fonte, e encostando-se a uma pedra, adormeceu.

Quando o princípio do dia desterrava os horrores da noite, viram (daquela distância para onde se retiraram) um homem todo coberto de peles de ursos, menos os braços, que tinha nus, crespa, e branca a barba, e de aspecto venerando: muito devagar chegaram a vê-lo; e quando observavam a muita semelhança, que tinha com Antionor, despertou, e assustando-as com o repente de se