Os indigenas concordaram com a proposta e Abatí-poçanga partiu para Iteron, levando Hans em sua companhia.
Lá chegando, subiram todos ao barco, sendo recebidos com toda a cordialidade pelos franceses.
Hans contou-lhes a sua historia e todos se enterneceram profundamente com tão longa tragedia.
Cinco dias durou a permanencia de Abatí a bordo. Ao termo desse prazo perguntou ele pelos presentes. O comandante disse a Hans que o fosse entretendo até o momento de largar ferro, mas de modo que Abatí não se zangasse, nem desconfiasse.
Hans engambelou o indio; apesar disso Abatí desconfiou e insistiu em levá-lo para terra.
Hans fez-lhe ver que quando parentes e bons amigos se encontram, depois de longa ausencia, não podem separar-se assim depressa; pediu-lhe um pouco mais de paciencia; o navio muito breve iria partir e então regressariam todos á taba.
Abatí achou razoavel aquilo e cedeu.
Finalmente, completada a carga, embarcaram-se os franceses e o navio aparelhou para zarpar.
O comandante reuniu os indios na coberta e, por meio de um interprete, disse-lhes que estava muitissimo contente com eles por terem poupado Hans, apesar de o haverem apanhado entre inimigos; disse que mandara chamá-los a bordo para os presentear em agradecimento ao bom trato que dispensaram ao prisioneiro; disse mais que sua intenção era deixá-lo na taba de Abatí, entregue ao cultivo da pimenta, já que Hans se dava tão bem por lá e era tão amado.