Os navios foram ter ao porto de Arzila, cidade que os portugueses tinham tomado aos berberes e que depois perderam.
Por informação de pescadores espanhois o capitão Penteado soubera que andavam por lá navios corsarios, em comercio com esses mouros, e tratou de dar-lhes caça.
De fato encontrou um, e imediatamente o atacou mas a tripulação do corsario teve tempo de tomar os botes e fugir para terra. Os portugueses apossaram-se do navio, encontrando nele grande quantidade de açucar, amendoas, couro de cabrito, goma arabica e tamaras.
— Que gostoso! exclamou Pedrinho, lambendo os beiços. Ele gostava muito de tamara.
— Mas era direito isso, vóvó? indagou a menina.
— Ah, minha filha, a historia da humanidade é uma pirataria que não tem fim; o mais forte, sempre que pode,