— Isso mesmo, disse a vóvó. Vejo que a lição não foi perdida. E prosseguiu sem incidentes na sua derrota até que um dia, a 18 de novembro, o piloto verificou a altura do sol e viu que estavam a 28 graus de latitude.
— Como é que se verifica a altura do sol? perguntou Pedrinho.
— Com um instrumento chamado sextante, que nos permite calcular a longitude e a latitude, de modo a sabermos em que ponto do globo nos achamos.
— Fiquei na mesma, disse Narizinho; mas continue, vóvó.
— Pois é isso, minha filha, eles verificaram que o navio estava no ponto marcado para a reunião e trataram de procurar, na terra mais proxima, abrigo seguro onde pudessem aguardar a chegada dos companheiros. Velejaram então para Oeste, sem sair do grau 28, até que avistaram terra. Como, porém, não houvesse a bordo nenhum piloto conhecedor da zona, e como não é de bom conselho entrar em porto desconhecido, o navio ficou a cruzar em frente da costa.
— Cruzar ? !... repetiu Pedrinho.
— Sim, meu filho. Quer dizer, em nautica, bordejar, ir e vir, não se afastar muito de um certo ponto.
Mas estava o navio a bordejar em frente da terra desconhecida, quando rompe fortissima tempestade. O perigo torna-se enorme. Perto como se achava da costa, podia o vento arrojar o navio de encontro ás pedras e fazê-lo em cavacos.
O capitão cuidou logo de precaver-se contra esse possivel desastre. Mandou encher varios barris com pol-