Ainda assim, Henrique Dias, com seus negros, Camarão com seus índios, e dona Clara com a sua esquadra feminil, escoltaram os habitantes de Porto Calvo, marchando para Madalena, depois para Penedo, e finalmente para Sergipe, donde se passaram à Bahia em 1634.
Tanto esforço e tão admirável coragem mereceram ser cantados pelo jovem poeta nacional José da Natividade Saldanha, que, por mais de uma vez, foi inspirado pelas ações ilustres de sues compatriotas.
Eis aqui os seus versos:
Vibrando a longa espada,
Ao lado marcha do brasíleo esposo
A nobre esposa amada:
No campo dos troianos
Camila Furiosa,
Voando sobre a grimpa da seara,
Mais triunfos à morte não prepara.
Assoberbam o batavo nefando;
O quente sangue espuma;
Qual belga foge, qual brasíleo fere:
Quem evita o mavorte
Na espada feminil encontra a morte;
Ambos assim cobertos de alta glória
Alcançam do holandês clara vitória.
Não foi, porém, só nesta ação que se assinalou dona Clara Camarão, que no dizer de Damião de Fróis