achava-se na madrugada de 20 de março de 1714 sobre a costa de Lisboa, 15 léguas ao mar das Berlengas, quando ao largo se avistaram três velas. Eram corsários argelinos, que então andavam naqueles mares, aprisionando as naus cristãs e cativando os que nelas encontravam. A capitânia montava 52 peças, a almirante 44, e a fiscal 36, perfazendo ao todo 132 bocas de fogo, e sendo numerosas as tripulações.
Reconhecidas as velas, soou o rebate a bordo da nau cristã, e para logo pediu o capitão Gaspar dos Santos Negreiros a Antônio de Albuquerque Coelho de Carvalho, que regressava ao reino português depois de haver sido governador de Minas, que ocupasse o seu posto, e ele combateria sob suas ordens. A tão generosa oferta se recusou Antônio de Albuquerque, alegando que não tirava a glória do vencimento, a quem lhe dava tão ilustre princípio com aquela ação, e ainda mais, que da milícia do mar, não tinha a necessária experiência; porém, que estava pronto a obedecer-lhe e a pelejar em serviço do rei e da religião. Aceitou o capitão aquela modesta escusa, e dispôs tudo para o combate.
Eram 7 horas da manhã, quando retumbaram os mares com os trovões da guerra, e o ar se toldou de negro fumo. Começado o combate, começou também dona Rosa Maria de Siqueira a assinalar-se por suas ações, como se houvera soado a hora do seu