imagens santas, que foram depois transladadas para o convento, que se edificou no monte chamado então do Desterro e hoje de Santa Teresa, onde ainda existem.
Aí permaneceram as primitivas flores do Carmelo brasílico com grande edificação, privadas de toda comunicação com as pessoas do século, entregando-se ao trabalho braçal, cultivando a sua horta e o seu jardim, não obstante os padecimentos, que sofria Jacinta, apenas compensados por êxtases, em que se diz que Deus lhe tornara fácil a compreensão dos mais sagrados mistérios de sua divindade.
Passarei em silêncio muitos milagres que fez, os êxtases que teve, as lutas que sustentara com o demônio, que por vezes a martirizaram, as visões, essas celestes miragens imaginárias, e tudo isso enfim que gozara, e que seu confessor explicava escudado nas erudições que possuía dos legendários, para somente me ocupar com a sua vida real e as suas boas obras. Todas as suas revelações foram escritas pelo seu confessor Fr. Manuel de Jesus e pelo padre José Gonçalves, e acham-se no arquivo de seu convento e lá podem crédulos e incrédulos proceder a minuciosos exames.
Em setembro de 1745 enfermou Fr. Manuel de Jesus e veio a falecer em dezembro, deixando Jacinta e sua irmã recomendadas ao padre mestre Antônio Nunes, ao cônego doutoral Henrique Moreira de Carvalho e ao