Toda vestida de luz,
Ali na serra vagando,
Falara à muda, mostrando
Seu Menino Deus Jesus!
Daquele monte no pino
Uma ermida então se fez
Para amar do Deus Menino;
Logo ali depois de um mês
Cercam-na flores selvagens
Que lá naquelas paragens
O caminheiro encontrou,
Que, passando ali, por perto
Sobre o monte e ao templo aberto
Primeiro entrando...rezou!
E vinha sempre a donzela,
À tarde por devoção,
De lá na ermida singela
Dizer a sua oração.
Morreu!... Ali sepultada
Jaz para sempre calada,
Que a morte muda só é!
Mais feliz, talvez, que outrora
Que nos Céus cantando agora
Com os anjos cresceu de fé.
Corria o ano de 1814, e uma romaria de fiéis e curiosos concorria de grande distância à capela da Piedade, sobre a serra do mesmo nome, não mui distante da cidade do Ouro Preto; ia ali ouvir missa e presenciar os êxtases e os padecimentos de uma moça, a quem chamavam