lhe ditava máximas e reflexões que mereceram os louvores do grande moralista, que a sobreviveu por muito tempo.
Por demais modesta, pois não escrevia nem por vaidade, nem por ostentação, como o disse publicamente, envolveu as suas sentenças com máximas, reflexões e pensamentos de abalizados escritores, todavia não foi sempre feliz na sua escolha mas outro era o seu fim.9
“A Bíblia Sagrada”, diz ela, “epílogo da divina sabedoria; o Sader e o Zenda Avesta de Zoroastro; os Purañas, os Vedas e os Chastros dos índios; os Kings dos chins; os livros santos dos egípcios e do Tibete; os poemas e as histórias dos fenícios, dos gregos, dos romanos, dos scaldas, dos druidas, e até o monstruoso Corão acham-se cheios de apotegmas ou sentenças e máximas, filhas da experiência de muitos séculos e da meditação de inumeráveis homens circunspetos.
“Cada uma das sentenças, que aqui apresento, pode aplicar-se tanto aos grandes como aos triviais negócios da sociedade, e por isso convém lembrai-vos de tempos como conselhos de bons mestres. Queira Deus que outras meninas brasileiras mostrem ao público o fruto dos seus estudos para darem princípio a uma palestra literária, que aproveitando e instruindo as pessoas do nosso sexo, dê mais realce aos salões freqüentados pela mais escolhida e virtuosa sociedade.”
Dentre as suas sentenças originais10 citarei as seguintes,