Se uma senhora instruída não unir as graças artificiais às do espírito; se for um prodígio de ciência e um disparate em vestuário, presidirá a pequeno auditório como as sibilas quando proferiam oráculos no fundo das mais tenebrosas cavernas.
O uso dos vestidos decentes não ofende a Deus nem ao mundo; mas os nossos vestidos devem ser tais, que se não façam objetos de desgostos, nem de risadas.
A mais poderosa influência, que se tem conhecido nos negócios públicos, é a das mulheres.
Há pessoas que afirmam não ser tão forte a influência das mulheres nos governos constitucionais; a experiência mostra o contrário, e sirvam de exemplo uma Roland, uma Beauharnais, uma Stael, uma Récamier e muitas outras que tiveram tanto poder como as Estrées, as Maintenons, as Montespans, as Longuevilles, as Ursins, etc., todas elas instruídas e respeitadas pelas pessoas das mais altas sociedades, já pelas suas virtudes, já pelos seus vastíssimos talentos.
A moda no vestuário, nas mobílias e em outras cousas semelhantes acrescentam o luxo, desenvolvem a indústria e a civilização; mas estas vantagens pagam-se às vezes bem caras; muitas famílias arruínam-se completamente, esquecendo-se da indispensável economia correm após da inconstante moda e não duvidam sacrificar os seus próprios bens, e ainda o futuro de seus próprios filhos.
Não há cousa mais difícil do que conhecer a opinião pública, pois que todos os partidos anunciam a sua como tal.