Sentou-se à mesa com o seu hóspede, tendo a seu lado a sua esposa e seus filhos, bem como dona Maria de Medeiros, filha de sua primeira mulher, que era senhora portuguesa. Rolou a conversa sobre os recentes acontecimentos, e sobre o que mais havia de interessante para se falar? O emissário demonstrou com as mais vivas cores o progresso e riqueza desta terra, que primeiro se chamou da Cruz, como um dos mais belos países do mundo, e quais seriam os benefícios, que resultariam para o seu engrandecimento e progresso, se se tornasse independente, formando com todas as suas províncias um dos maiores impérios. Expôs a degradante condição, a que o reino português queria de novo reduzir o Brasil, tornando-a simples colônia, para fazê-lo voltar à opressiva e humilhante tirania, que tanto impediria a sua marcha na senda da prosperidade e da civilização. Narrou com entusiasmo e eloqüência a proclamação da emancipação política, que sem derramamento de sangue triunfava nas províncias do Sul, narrando os longos serviços, e mostrando a glória de Dom Pedro I, como fundador da monarquia americana e exaltando as virtudes da jovem imperatriz, acabou por apelar para o amor da pátria e generosidade de seu hóspede.
As palavras, como mágicas expressões, acendem o entusiasmo no coração da jovem baiana, dona Maria de Medeiros. O colono porém, que se mostrara frio, insensível e indiferente, respondeu que estava velho, e que