priva de todos os olhares. Não admitem senão raramente pessoaas estrangeiras em sua companhia, e não no fazem sem que primeiramente sondem a sua moralidade e costumes. Tal caráter sombrio e zeloso explica, sem que o justifique, o isolamento em que vivem as brasileiras que não freqüentam a sociedade estrangeira. Existência assim contribui para que fiquem na ignorância dos usos sociais; elas não comprendem a vida da sociedade, que se lhes proíbe e daí um não sei de timidez que nelas se nota e que faz como que duvidar de sua aptidão intelectual. Tem a maior parte arrebatadora figura, aspecto encantador, olhos expressivos que anunciam, que dizem quanto não desejariam, como suas ditosas companheiras européias, o entretenimento da palestra para se ensaiarem na doce conversação. A sociedade que aformoseariam com a sua agradável presença se fossem nela admitidas, teria por certo mais encanto, e elas acabariam por adquerir esse sentimento de nobre dignidade, de graciosa facilidade que lhes falece. Depende das mulheres a sociedade; e todos os povos que têm a infelicidade de isolá-las não passam de insociáveis. Assim o disse Voltaire.
Faço votos para que os viajantes que me sucedam nestas terras do Brasil não vejam somente por entre as gelosias e vidraças ou as cortinas dos gradins das janelas esses grandes e negros olhos que tanto se estimaria poder admirar nos pinturescos passeios, nos graciosos