nomeado governador-geral do Brasil, tocou as praias baianas, trazendo o gérmen de uma nova povoação, capital da colônia. A necessidade da conversão dos indígenas não ficou ainda adiada, e missionários jesuítas cheios de zelo e piedade, compenetrados de sua missão, ardentes de fé, vieram trazer às brenhas do Novo Mundo a luz do Evangelho.
A pompa do desembarque chamou a atenção, despertou a curiosidade dos indianos, que viviam nas imediações das ruínas da cidade de Coutinho, fundada sobre os crânios ensangüentados de seus irmãos. A expedição desembarcou com magnificência, precedida do glorioso símbolo da religião e do triunfante estandarte das quinas, saudada pelas salvos da artilharia, e os arcos e as setas dos indígenas caíram a seus pés em sinal de paz e amizade. Ao som do órgão sagrado, que eles ouviam pela primeira vez, aos cânticos místicos cujas vozes subiam envoltas em nuvens de incenso, e que escutavam como que encantados, assistiram à missa do Espírito Santo na capela de secas palmas, que ajudaram a levantar. Tomé de Sousa aproveitando tão felizes manifestações, tentou, abraçando o conselho do velho Caramuru, que ainda vivia entre eles, ao lado da sua Paraguaçu, abrir os alicerces da nova cidade de S. Salvador, e, enquanto assim procedia, começaram também os jesuítas a edificação de seu colégio e magnífica igreja e com ela a pregação evangélica.