este, senhores, para uma nova civilização e para um novo assento de ciências! Que terra para um grande e vasto império! Banhadas as suas costas em triângulo pelas ondas do Atlântico; um sem-número de rios caudais e de ribeiras empoladas, que o retalham em todos os sentidos, não há parte alguma do sertão que não participe mais ou menos do proveito que o mar lhe pode dar para o trato mercantil e para o estabelecimento de grandes pescarias. A grande cordilheira, que o corta de norte a sul, o divide por ambas as vastas faldas e pendores em dois mundos diferentes, capazes de criar todas as produções da Terra inteira. Seu assento central quase no meio do globo, defronte e à porta com a África, que deve senhorear, com a Ásia à direita, e com a Europa à esquerda, qual outra região se lhe pode igualar? Riquíssimo nos três reinos da natureza, com o andar dos tempos nenhum outro país poderá correr parelhas com a nova Lusitânia. Consideremo-lo agora pelo lado político, um reino com clero abastado, mas sem riqueza inútil, com poucos morgados, com os seus conventos precisos e com pouca gente das classes poderosas, que muitas vezes separam seus interesses particulares dos da nação e do Estado, de que mercês precisa? Fomentar e não empecer: basta-lhe a segurança pessoal e a liberdade sóbria da imprensa, de que já goza; e uma nova educação física e moral: o mais pertence à natureza e ao tempo. Estas e outras mil bênçãos já vão recebendo e receberá