de nossos compatriotas, e coroou os seus tão dignos esforços.
A proclamação da maioridade do Senhor D. Pedro II foi a aurora do renascimento das letras brasileiras; plêiade de brilhantes talentos cerca o trono do jovem monarca, dado também às aplicações do estudo, e que reparte com os sábios os conhecimentos bebidos nas suas largas lucubrações. Presidindo em pessoa às sessões do Instituto Histórico, anima os amigos das letras, atrai as vistas dos sábios do Velho e Novo Mundo, e ao passo que visa o engrandecimento material do país, leva a pátria à conquista dos louros da inteligência e da glória.
Ainda há pouco os políticos e publicistas diziam do alto da tribuna parlamentar, ou nas páginas da imprensa, com os olhos fitos no futuro: “Tudo no Brasil está ainda por fazer-se!”, e já hoje o engrandecimento do país repele essa proposição, ou condena-a por vaga: os melhoramentos pululam; o vapor rompe a corrente de soberbos rios oceânicos e leva a navegação aos confins do Império; o vagão penetra a sombra das florestas e vara a noite dos túneis, arrastado pelo cavalo dinâmico e o fio elétrico transmite a palavra da civilização através das aldeias dos bárbaros indianos; improvisam-se cidades, e a luz da instrução é derramada com a água do batismo sobre a cabeça bela e inteligente da juventude, esse gigante do porvir, como a chama o poeta nacional.