inspirou toda a sua politica), de que a Inglaterra deveria ser a potencia dominante do mundo, uma especie de Imperio Romano, alargando constantemente as suas colonias, apossando-se dos continentes barbaros e britannizando-os, reinando em todos os mercados, decidindo com o peso da sua espada a paz ou a guerra do mundo, impondo as suas instituições, a sua lingua, as suas maneiras, a sua arte, tendo por sonho um orbe terraqueo que fôsse todo elle um imperio Britannico, rolando em rythmo atravez dos espaços.
Este ideal, que tomou o nome de imperialismo nos dias de gloria de Lord Beaconsfield, é uma idéa querida a todo o inglez; os mesmos jornaes liberais que com tanto furor denunciavam os perigos d’esta politica romana, no fundo gozavam uma immensa satisfação de orgulho em proclamarem a sua inconveniencia. Havia tanta prosapia britannica em conceber um tal Imperio, como em o condemnar, e em dizer, com um ar de nobre renunciamento: «Não nos convém a responsabilidade de governar o mundo!»
Lord Beaconsfield, sendo a encarnação official d’esta idéa imperial, tornou-se naturalmente tão popular como ella. Foi considerado então como o instrumento da grandeza exterior da Inglaterra, como o homem que a fazia dominante e temida, que mantinha