pelo sobrenome singular de Pilar de Pompeu, e mais longe, estendido n’um areal, um obelisco pharaonico do templo de Luxor, que gosava a grotesca alcunha de Agulha de Cleopatra. E esta mesma reliquia está agora em Londres, no aterro do Tamisa, pousada n’uma peanha de bronze, allumiada pela luz electrica, aturdida pelo estrondo dos comboyos...
Os bairros europeus d’Alexandria quasi recentes (ha cincoenta annos, antes de Mehemet-Ali dar o impulso á sua reedificação, a grande metropole que espantava o califa Omar estava reduzida a uma aldeia vivendo da pesca e do commercio d’esponjas) compunham-se principalmente d’uma vasta praça, a famosa praça dos Consules, orgulho de todo o Levante, e de ruas largas, com nomes francezes, estuque francez nas fachadas, taboletas francezas nas lojas, cafés francezes, lupanares francezes — como um faubourg de Bordéus ou de Marselha transportado para o Egypto e empenachado aqui e além de palmeiras.
A parte arabe da cidade não tinha nenhum pittoresco oriental: eram arruamentos quasi direitos, com casebres lavados a cal e terminando em terraço, pousados n’um solo, meio de terra e meio de areia, que a menor brisa do mar espalhava em nuvens pelo ar.
Cidade feia á vista, desagradavel ao olfacto, reles,