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CARTAS DE INGLATERRA

recebiam incessantes reforços de casa e da India. Arabi chamava á guerra contra os inglezes todo o povo fellah. A Inglaterra preparava uma invasão. Arabi organisava uma grande defesa nacional. Nada mais claro. A questão é entre a Inglaterra, procurando estabelecer um protectorado sobre o Egypto, arrancar-lhe as cidades estrategicas que dominam o canal, e Arabi-pachá, um patriota, que quer o Egypto para os egypcios, que receia a protecção do estrangeiro como a peior desgraça de um paiz fraco, e que entende que, pelo facto de que Alexandria, Port-Saïd e Suez se acham desgraçadamente no caminho da India, não é motivo para que se tornem guarnições inglezas. E dos dous lados, grande enthusiasmo.

Em Londres, onde acabou a season e começa a monotonia das praias de banhos, o partir para conquistar o Egypto passou a considerar-se uma feliz aventura. Se o ministerio da guerra o consentisse — toda a mocidade de ouro, ou apenas de latão dourado, se alistaria, porque é do mais requintado chic ir dar cabo de Arabi!

O duque de Connaugth, um dos filhos de S. M. a Rainha, faz parte da expedição, e o duque de Teck, seu cunhado, não sendo militar, partiu, diz-se, como simples empregado do correio. Os officiaes dos regimentos de guardas, essa pura nata da aristocracia e flôr da finança, tiveram a ventura de vêr os seus