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CARTAS DE INGLATERRA
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amargo da acção, brada talvez: suspendei! Depois, afastando-se em grande compostura, deixa á bocca da scena o tyranno barbudo sondando tranquillamente com a ponta da lamina o interior do galã...

 

Não fallemos mais na Europa. Não ha, nunca houve Europa, no sentido que esta palavra tem em diplomacia. Ha hoje apenas um grande pinhal de Azambuja, onde rondam meliantes cobertos de ferro, que se odeiam uns aos outros, tremem uns dos outros, e, por um accordo tacito, permittem que cada um por seu turno se adeante — e assalte algum pobre diabo que vegeta ou trabalha ao canto de seu cerrado. Nas largas e bem traçadas estradas do Direito Internacional, allumiadas por Ortolan e outros lumes, rouba-se de carabina alta, e rompem a cada momento brados de povos assassinados. A Europa, como os campos de corridas em Inglaterra, devia estar coberta d’estes avisos em lettras gordas: Beware of pick-pockets! Cautela com os salteadores.

A pequena propriedade politica tende a acabar. Toda a terra vae em breve reunir-se nas mãos de quatro ou cinco grandes proprietarios... Hontem, era Tunis — porque a França necessita proteger a fronteira da Argelia. Hoje, é o Egypto — porque