obras dos seus cinco milhões de milhas quadradas — ás suas mãos repugna o agarrar o cabo da enxada, ou tomar a rabiça do arado, que é justamente o serviço que a natureza reclama d’elle. N’um continente, que depois de tres seculos e meio continúa a ser um torrão novo, a grandeza das Republicas ou dos Imperios depende exclusivamente do trabalho manual.
«Italianos, allemães, negros, têm sido, estão sendo importados para fazerem o trabalho duro que repugna aos senhores do solo. Mas, inaclimatados, em certos districtos, elles nunca poderiam labutar como os naturaes dos tropicos. Nem mesmo nas provincias mais temperadas do Imperio jámais os immigrantes trabalharão resolutamente — até que o exemplo lhes seja dado pela população indigena, senhora da terra. O brazileiro ou tem de trabalhar por suas mãos, ou então largar a rica herança que é incompetente para administrar. Á maneira que o tempo se adianta, vae-se tornando uma positiva certeza que todos os grandes recursos da America do Sul entrarão no patrimonio da humanidade.»
O Times aqui embrulha-se. Prefiro explicar a sua ideia, a traduzir-lhe a complicada prosa; quer elle dizer que o dia se approxima em que a civilisação não poderá consentir que tão ricos solos, como os dos Estados do Sul da America, permaneçam estereis e inuteis, e que, se os possuidores actuaes são