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CARTAS DE INGLATERRA

gordo. Traz a cabeça alta, tem a pança ostentosa e enche a rua. É necessario vêl-os em Londres, em Berlim, ou em Vienna: nas menores cousas, entrando em um café ou occupando uma cadeira no theatro, têm um ar arrogante e ricaço, que escandalisa. A sua pompa espectaculosa de Salomões parvenús offende o nosso gosto contemporaneo, que é sobrio. Fallam sempre alto, como em paiz vencido, e em um restaurante de Londres ou de Berlim nada ha mais intoleravel que a gralhada semitica. Cobrem-se de joias, todos os arreios das carruagens são de oiro, e amam o luxo grosseiro e vistoso. Tudo isto irrita.

Mas o peior ainda, na Allemanha, é o habil plano com que fortificam a sua prosperidade e garantem a sua influencia — plano tão habil que tem um sabor de conspiração: na Allemanha, o judeu, lentamente, surdamente, tem-se apoderado das duas grandes forças sociaes — a Bolsa e Imprensa. Quasi todas as grandes casas bancarias da Allemanha, quasi todos os grandes jornaes, estão na posse do semita. Assim, torna-se inatacavel. De modo que não só expulsa o allemão das profissões liberais, o humilha com a sua opulencia rutilante, e o traz dependente pelo capital; mas, injuria suprema, pela voz dos seus jornaes, ordena-lhe o que ha-de fazer, o que ha-de pensar, como se ha-de governar e com que se ha-de bater!