que, mesmo na Corte, se encontravam meninas bem educadas e, aliás, muito modestas.

Amâncio declarou que não argumentava com exceções. — Sabia perfeitamente que nem todas as fluminenses calçavam pela mesma forma, e não tinha a pretensão de dizer "desta água não beberei, deste pão não comerei!" apenas não admitia aquela razão, que apresentava Mme. Brizard, para provar que as provincianas eram mais dispendiosas do que as filhas da Corte. Isso não! que o desculpassem, mas não podia admitir!

Sempre queria vê-lo casado com uma provinciana!... observou a francesa, tomando a roupa que lhe passava a outra. — Então sim! Aposto que não teria a mesma opinião!

Amâncio não respondeu logo, porque estava muito ocupado a apanhar do chão uma grande pilha de camisas engomadas, que Amelinha deixara cair. Mme. Brizard acudiu também a ajudá-los, e, na precipitação com que todos três, agachados um defronte dos outros, queriam ao mesmo tempo recolher a roupa espalhada no soalho, as mãos do estudante encontravam-se com umas mãozinhas finas que não eram certamente as de Mme. Brizard.

Mas todas as vezes que ele tentou retê-las entre as suas, as tais mãozinhas fugiam tão ligeiras, como se lhes houvessem chegado uma brasa.