se! Veja se descansa, que eu agora tenho que fazer!
— Descansada queria você me ver, mas era no Caju, por uma vez, seu malvado! Pensa que encontraria o demônio de alguma tola que caísse na asneira em que eu caí de amarrar-se a um homem de sua laia? Um pingas! que anda sempre com sela na barriga!
E avançando para o marido de olhos arregalados e um punho no ar:
— Mas, podes perder as esperanças, que eu não morro, antes de ti, Mané Bocó! Primeiro hás de ir tu, entendes? — Ah! Supunhas que eu levaria a roer uma vida de chifre e depois rebentava por aí, enquanto ficavas por cá a te lamberes de contente! — Um sebo! Hei de ir, sim, as depois de te haver feito amargar também um bocado, meu burro velho!
— Ó mulher! cala essa boca do diabo! gritou, afinal, Mendes, arrojando a pena e empurrando os papéis que tinha defronte de si. — Arre! É muito! Arre!
O moço doente do n.º 7 expectorou com mais força e pôs-se a gemer.
— Ora, com um milhão de demônios! gritou o guarda-livros, que morava no n.º 6. — Não é possível sossegar neste inferno! Quando não é a tosse e o gemido da direita, é a resinga e a briga da esquerda! Apre! Antes morar num hospital de doidos.
Mendes levantou-se, segurando a cabeça com ambas as mãos, e começou a passear agitado pelo quarto.
Catarina continuava a sarrazinar, atirando com os pés o que topava no meio da casa. O marido parou de súbito, sacudiu a cabeça, depois foi-se chegando para a mulher e correu-lhe a mão pela espádua nua e lustrosa, timidamente, como se afagasse a anca de uma égua bravia.
— Então, filha?... disse com ternura. — Vai deitar,