do colega desembuchasse por uma vez com aquele maldito casamento.

— Aí então é que seriam elas!...



Mas o "maçante do colega" estava bem longe de pensar em casamento; todo ele era pouco para sofrer a cáustica impassibilidade de Hortênsia.

A caprichosa continuava no seu terrível sistema de não aviar nem desaviar. Amâncio fizera-lhe ir ter às mãos uma segunda cópia da carta subtraída, e ela em resposta aconselhou-o a que não escrevesse outra, sob pena de entregá-la ao marido.

— Pois que vá para o diabo que a carregue! pensou o estudante, furioso, e resolveu dar o negócio por acabado.

Com efeito, durante um mês inteiro, nas poucas vezes em que teve de falar ao Campos sobre questões de interesses materiais, não passou do escritório.

— Homem! dizia-lhe o negociante. — Você só aparece aqui por fruta, e faz visitinhas de médico! Não há meios de apanhá-lo lá em cima! Neném até já se queixou!

Amâncio defendia-se com os seus estudos e com os sobressaltos em que andava depois das últimas cartas do norte.

— Por quê? Há alguma novidade?!... perguntou o amigo, cheio de solicitude.

— A velha não está boa!... explicou o rapaz. — Desde que morreu meu pai, a pobre de Cristo ainda não levantou a cabeça! confesso-lhe que tenho meus receios, tenho!...

E quedava-se abstrato, a fitar o chão, com a fisionomia paralisada