que lhe prendiam a atenção.

Acabavam de entrar na Rua do Ouvidor.

— Vê?... interrogou ela, muito preocupada e procurando esconder a comoção. — Ainda!

— Ah! fez o companheiro, já impaciente. — V. Exª. vai encontrar o mesmo por toda a parte. — É o costume! Olhe! Se me não engano, lá está o retrato do tal Amâncio! Tenha a bondade de ver!

D. Ângela aproximou-se do retrato, correndo, e soltou logo uma exclamação:

— Mas é ele! É meu filho! o meu Amâncio!

E começou a rir e a chorar muito perturbada.

O velho, meio comovido e meio vexado com aquela expansão em plena Rua do Ouvidor, principiava talvez a arrepender-se de ter sido tão cavalheiro com Ângela, quando esta, que estivera até aí a percorrer, como uma doida, outros mostradores, arrancou do peito um formidável grito e caiu de bruços na calçada.

Tinha visto seu filho, representado na mesa do necrotério, com o tronco nu, o corpo em sangue.

E por debaixo, em letras garrafais: Amâncio de Vasconcelos, assassinado por João Coqueiro no Hotel Paris, em tantos de tal.