quando entravas a luz do lampeão illuminou-te o rosto e eu reconheci-te.
Faze idéa que emoção sentiria quando te sentaste junto de mim.
O mais tu sabes; eu te amava, e era tão feliz de ter-te á meu lado, de apertar a tua mão, que nem me lembrava como te devia parecer ridicula uma mulher que, sem te conhecer, te permittia tanto.
Quando nos separámos, arrependi-me do que tinha feito.
Com que direito ia eu perturbar a tua felicidade, condemnar-te á um amor infeliz e obrigar-te á associar tua vida á uma existencia triste, que talvez não te podesse dar sinão os tormentos de seu longo martyrio?!
Eu te amava; mas, já que Deos não me tinha concedido a graça de ser tua companheira n’este mundo, não devia ir roubar ao teu lado e no teu coração o lugar que outra mais feliz,
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CINCO MINUTOS
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