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sua residencia de Brusiglio, e, vivamente impressionado, retirou se para o seu gabinete, onde desde logo começou a traçar a ode monuque tres dias depois estava completa—a tres dias, por assim dizer, de convulsão, em que se sentiu exhausto,»[1]

Não a podendo publicar sem licença da censura austriaca (o reino lombardo-veneziano estava então, e ainda permaneceu muitos annos, sob o dominio da casa de Hapsburgo, como todos se recordam), e prevendo que lhe seria negada, usou o poeta um feliz estratagema para a sua vulgarisação. Em vez de mandar uma só cópia, como era costume, mandou duas, contando que algum dos empregados da policia ficasse com uma para mostrar confidencialmente.

Assim aconteceu: a censura recusou a licença, e guardou cuidadosamente um exemplar. O outro desencaminhou-se; mas no dia

  1. V. Epistolario di Al. Manzoni, raccolto e annotato da Giovianni Sforza (Milano, 1882), vol. 1, lett. a Cesar Cantù, p. 466.