que enlaça a alma do homem n’uma cadeia feita de embevecimentos magicos.
E as boas horas passadas no gabinete azul, o que ellas não valiam para o pequenino coração de Bertha!
Sabes o que era o gabinete azul? era a saleta toda forrada e estofada de setim azul, em que a mãe da nossa pequenina se conservava habitualmente.
Chamava-se Margarida a mãe de Bertha, e era formosa, de uma delicada e fragil formosura, que despertava ao vel-a instinctos de piedade e de protecção.
Alta, esbelta, levemente scismadora, como quem tem cuidados que a preoccupem, sempre vestida de seda com punhos de cabeção de rendas finas, um pouco amarelladas, que punham na toilette de casa uns toques de aristocratica distincção. Nos cabellos bastos, louros e frisados, uma flôr quasi sempre colhida por Bertha.
O pae, esse era forte, robusto e sadio, mas tinha a virtude dos valentes: a bondade. N’aquella physionomia accentuada e trigueira o sorriso era