chamem o senhor, este anjinho diz que lhes quer dizer adeus!
Ouviam-se portas que se abriam, vozes angustiosas que chamavam... depois, por duas portas differentes, entraram duas pessoas.
Dous espectros do que tinham sido.
Olharam-se como que admirados de se verem alli juntos!
Miraram-se curiosamente como para sondarem os grandes abysmos que os separavam dos dias d’outr’ora!
Depois sem quererem, olharam ambos movidos pelo mesmo impulso para o pequeno leito de cortinados brancos.
Uma voz dulcissima, toda mimo e toda supplica, chamou-os d’alli:
— Papá! mamã! adeus! Digam-me que são meus amigos agora que eu vou morrer! Como é bom ir para o céo! Nunca mais hei-de ter frio!...
Se não fosse a voz e a expressão divina d’aquelle olhar, quem diria que aquella que fallava era a pequenina Bertha!
— Ó papá, console a mamã, já que eu me vou embora! Voltem para o gabinete azul, e ao serão não se esqueçam de fallar de mim!
Puxou-os a ambos com uma força que não parecia