basta a um homem como o senhor..... Enfim, isso é com o tempo; está ainda moço.
Durante este dialogo, Estevão contemplava e observava Menezes, em cujo rosto batia a claridade que entrava por uma das janellas. Era uma cabeça severa, cheia de cabellos já grisalhos, que lhe cahião em gracioso desalinho. Tinha os olhos negros e um pouco amortecidos; adivinhava-se porém que devião ter sido vivos e ardentes. As suiças tambem grisalhas erão como as de lord Palmerston, segundo dizem as gravuras. Não tinha rugas de velhice; tinha uma ruga na testa, entre as sobrancelhas, indicio de concentração de espirito, e não vestigio do tempo. A testa era alta, o queixo e as maçãs do rosto um pouco salientes. Adivinhava-se que devia ter sido formoso no tempo da primeira mocidade; e antevia-se já uma velhice imponente e augusta. Sorria de quando em quando; e o sorriso, embora aquelle rosto não fosse de um ancião, produzia uma impressão singular; parecia um raio de lua no meio de uma velha ruina. É que o sorriso era amavel, mas não era alegre.
Todo aquelle conjunto impressionava e attrahia; Estevão sentia-se cada vez mais arrastado para quelle homem, que o procurava, e lhe estendia a mão.
A conversa continuou no tom affectuoso com que começára; a primeira entrevista da amizade é o op-