A carta dizia muitas cousas mais; era tudo, porém, uma glosa do mesmo mote.
Estevão voltou á casa de Magdalena e as suas visitas começárão a ser regulares e assiduas.
A viuva usava para com elle de tanta solicitude que não era possivel duvidar do sentimento que a dirigia. Pelo menos Estevão assim o pensava. Achava-a quasi sempre só, e deliciava-se em ouvil-a. A intimidade começou a estabelecer-se.
Logo na segunda visita, Estevão fallou-lhe em Menezes pedindo licença para apresental-o. A viuva disse que teria muito prazer em receber amigos de Estevão; mas pedia-lhe que adiasse a apresentação. Todos os pedidos e todas as razões de Magdalena erão dignas para o medico; não disse mais nada.
Como era natural, ao passo que as visitas á viuva erão mais assiduas, as visitas ao amigo erão mais raras.
Menezes não se queixou; comprehendeu, e disse-o ao rapaz.
— Não se desculpe, accrescentou o deputado; é natural; a amizade deve ceder o passo ao amor. O que eu quero é que seja feliz.
Um dia Estevão pedio ao amigo que lhe contasse o motivo que o tinha feito descrer do amor, e se algum grande infortunio lhe havia acontecido.
— Nada me aconteceu, disse Menezes.