pagina, dizia comigo: É o Azevedo, não ha duvida.
Feliz Azevedo! Á hora em que começa essa narrativa é elle um marido feliz, inteiramente feliz. Casado de fresco, possuindo por mulher a mais formosa dama da sociedade, e a melhor alma que ainda se incarnou ao sol da America, dono de algumas propriedades bem situadas e perfeitamente rendosas, acatado, querido, descansado, tal é o nosso Azevedo, a quem por cumulo de ventura coroão os mais bellos vinte e seis annos.
Deu-lhe a fortuna um emprego suave: não fazer nada. Possue um diploma de bacharel em direito; mas esse diploma nunca lhe servio; existe guardado no fundo da lata classica em que o trouxe da faculdade de São Paulo. De quando em quando Azevedo faz uma visita ao diploma, aliás ganho legitimamente, mas é para não se ver mais senão d’ahi a longo tempo. Não é um diploma, é uma reliquia.
Quando Azevedo sahio da faculdade de São Paulo e voltou para a fazenda da provincia de Minas-Geraes, tinha um projecto: ir á Europa. No fim de alguns mezes o pai consentio na viagem, e Azevedo preparou-se para realisal-a. Chegou á côrte no proposito firme de tomar lugar no primeiro paquete que sahisse; mas nem tudo depende da vontade do homem. Azevedo foi a um baile antes de partir;