annunciou o jantar. Emilia e Diogo tinhão jantado, ficárão apenas para fazer companhia ao casal Azevedo e a Tito, que declarou desde o principio estar cahindo de fome.

A conversa durante o jantar versou sobre causas indifferentes.

Quando se servia o café appareceu á porta um criado do hotel em que morava Diogo; trazia uma carta para este, com indicação no sobrescripto de que era urgente. Diogo recebeu a carta, leu-a e pareceu mudar de côr. Todavia continuou a tomar parte na conversa geral. Aquella circumstancia, porém, deu lugar a que Adelaide perguntasse a Emilia:

— Quando te deixará este eterno namorado?

— Eu sei cá! respondeu Emilia. Mas a final de contas, não é máo homem. Tem aquella mania de me dizer no fim de todas as semanas que nutre por mim uma ardente paixão.

— Emfim, se não passa de declaração semanal.

— Não passa. Tem a vantagem de ser um braceiro infallivel para a rua e um realejo menos máo dentro de casa. Já me contou umas cincoenta vezes as batalhas amorosas em que entrou. Todo o seu desejo é acompanhar-me a uma viagem á roda do globo. Quando me falla n’isto, se é á noite, e é quasi sempre à noite, mando vir o chá, excellente