— Estimo que a noite lhe corresse feliz...
— Alguma cousa...
— Mas a uma carta responde-se; porque não respondeu á minha? disse a viuva.
— Á sua qual?
— Á carta que lhe escrevi pedindo que viesse tomar chá comnosco?
— Não me lembro.
— Não se lembra?
— Ou, se recebi essa carta, foi em occasião que a não pude ler, e então esqueci, esqueci-a em algum lugar...
— É possivel: mas é a ultima vez...
— Não me convida mais para tomar chá?
— Não. Póde arriscar-se a perder distracções melhores.
— Isso não digo: a senhora trata bem a gente, e em sua casa passão-se bem as hóras... Isto é com franqueza. Mas então tomou chá sózinha? E o Diogo?
— Descartei-me d’elle. Acha que elle seja divertido?
— Parece que sim... É um homem delicado; um tanto dado ás paixões, é verdade, mas sendo esse um defeito commum, acho que n’elle não é muito digno de censura.
— O Diogo está vingado.