No fim do almoço Tito, como quasi sempre, retirou-se para ler durante duas horas.

Adelaide ia dar algumas ordens quando vio com pasmo entrar-lhe em casa a viuva, acompanhada de um criado.

— Ah! não partiste? disse Adelaide correndo a abraçal-a.

— Não me vês aqui?

O criado sahio a um signal de Emilia.

— Mas que ha? perguntou a mulher de Azevedo, vendo os modos estranhos da viuva.

— Que ha? disse esta. Ha o que não previamos... És quasi minha irmã... posso fallar francamente. Ninguem nos ouve?

— Ernesto está fóra e o Tito lá em cima. Mas que ar é esse?

— Adelaide! disse Emilia com os olhos rasos de lagrirnas, eu o amo!

— Que me dizes?

— Isto mesmo. Amo-o doudamente, perdidamente, completamente. Procurei até agora vencer esta paixão, mas não pude; e quando, por vãos preconceitos, tratava de occultar-lhe o estado do meu coração, não pude, as palavras sahírão-me dos labios insensivelmente...

— Mas como se deu isto?

— Eu sei! Parece que foi castigo; quiz fazer