Esta pergunta era feita com grande tino.
Obrigado a responder-lhe, o velho commerciante não dera lugar a que seu filho apresentasse objecções.
O rapaz enfiou, abaixou os olhos e respondeu:
— Vou onde meu pai quizer.
O pai agradeceu mentalmente a submissão do filho, que lhe poupava o dinheiro da passagem no vapor, e foi muito contente dar parte á mulher de que o rapaz não fizera objecção alguma.
N’essa noite os dous amantes tiverão occasião de encontrar-se a sós na sala de jantar.
Simão contou a Helena o que se passára. Chorárão ambos algumas lagrimas furtivas, e ficárão na esperança de que a viagem fosse de um mez, quando muito.
Á mesa do chá, o pai de Simão conversou sobre a viagem do rapaz, que devia ser de poucos dias. Isto reanimou as esperanças dos dous amantes. O resto da noite passou-se em conselhos da parte do velho ao filho sobre a maneira de portar-se na casa do correspondente. Ás dez horas, como de costume, todos se recolhêrão aos aposentos.
Os dias passárão-se de pressa. Finalmente raiou aquelle em que devia partir o brigue. Helena sahio de seu quarto com os olhos vermelhos de chorar. Interrogada bruscamente pela tia, disse que era