cheguei a cinco passos do ruivo, tornei a quadrar o corpo, na postura dos mandamentos.

Aí o velho Caxias perguntou:

— Sabes a quem falas?

— Diz que ao senhor imperador!

— Sua majestade o imperador, é que se diz.

— A sua majestade o imperador!

Vai então, o tal, que pelo visto, era mesmo o tão falado imperador, disse, numa vozinha fina:

— Bem; cabo, você vai ficar na minha companhia; há de ser o meu ordenança de confiança. Quer?...

— O senhor imperador vai ficar mal servido: sou um gaúcho mui cru; mas para cumprir ordens e dar o pelego, tão bom haverá, melhor que eu, não!

Aí o homem riu-se e o velho também. E vai este indagou:

— Conheces-me?

— Como não?!... Desde 45, no Ponche Verde; fui eu que uma madrugada levei a vossa excelência um ofício reservado, pra sua mão própria... e tive que lanhar uns quantos baianos abelhudos que entenderam de me tomar o papel... Vossa excelência mandou-me dormir