o bagual esconder a cabeça, berrar, despedaçar-se em corcovos, que o chiru velho batia o isqueiro e acendia o pito, como qualquer dona acende a candeia em cima da mesa! Às vezes o ventana era traiçoeiro e lá se vinha de lombo, boleando-se, ou acontecia planchar-se: o coronilha escorregava como um gato e mal que o sotreta batia a alcatra na terra ingrata, já lhe chovia entre as orelhas o rabo-de-tatu, que era uma temeridade!...
Voltear o caboclo, isto é que não!
E bastante dinheiro ganhava; mas sempre despilchado, pobre como rato de igreja.
Um dia perguntei-lhe o que é que este fazia das balastracas e bolivianos, e meias-doblas e até onças de ouro, que ganhava?...
Esteve muito tempo me olhando e depois respondeu, todo num prazer, como se tivesse um pedaço do céu encravado dentro do coração:
— Mando pra Rosa... tudo! E é pouco, ainda!
— Que Rosa é essa?
— É a minha filha! Linda como os amores! Mas não é pra o bico de qualquer lombo-sujo, como eu...