O meu padrinho levantou na rédea o azulego: e de espada em punho, o chiru, com uma lança de meia-lua — e eu entre os dois, enroscadito no meu bichará — nos botamos ao grosso do redemoinho, para abrir caminho para o quartel-general do dito Barbacena.

Como lá chegamos, não sei.

A espada do meu padrinho estava torcida como um cipó, e vermelha, e o azulego tinha uns quantos lanhos na anca; o Hilarião tinha um corte de cima a baixo da japona, e eu levei um lançaço, que por sorte pegou no malote do poncho.

Mas, varamos.

No quartel do Barbacena ninguém se entendia.

A oficialada espumava, de raiva, e um cutuba, baixote, já velho, botava e tirava o boné e metia as unhas na calva, furioso, de ralar sangue!...

Esse, era um tal general Abreu... um tal general José de Abreu, valente como as armas, guapo como um leão... que a gauchada daquele tempo — e que era torenada macota! — bautizou e chamava de — Anjo da Vitória!