a tirana e se divertia. Umas coplas que eram assim... e me lembro, porque quem as botou — para uma outra — foi mesmo este seu criado Matias!...

Quem canta pra tu ouvires
Devia morrer cantando...
Pois quando daqui saíres,
Do cantor vais te olvidando;

E, pode ser que morrendo,
Dele então tu te lembrasses:
Se visses outro defunto,
Ou se outra vez tu dançasses...

Minha voz no teu ouvido,
Soluçaria de dor,
Não por deixar a vid...

E nem acabou o verso, porque estourou na cozinha um esconjuro e logo a voz da avó, sumida e arroucada, gritando — bandido! bandido! — e depois um gemido ansiado, uns ais... e um baque surdo...

De pé, com o timãozinho numa mão e a agulha na outra, pálida como a cal da parede, o coração parado, Maria Altina pregada no chão, de puro medo, ouviu... ouviu..., e aí no mais entrou e veio a ela o Chicão...,