ram ainda excellentemente, e partiram em seguida para restituir ao conde o dinheiro que os ladrões lhe tinham roubado. Metteram-n'o cuidadosamente dentro de dois saccos, com que carregou o jumento. Foram andando, andando, até que chegaram á porta do castello. Diante d'essa porta estava o malvado do porteiro, com uma libré esplendida, meias de seda, calções escarlates e cabello empoado.
Olhou com ar de desprezo para a pequenina caravana, e disse a João.
— Que vindes aqui buscar? Não ha lugar para os recolher, vão-se embora?»
— Não queremos nada de ti, respondeu João. O dono do castello far-nos-ha um bom acolhimento.
— Fóra d'aqui vagabundos, exclamou o porteiro enfurecido. Ponham-se a andar immediatamente, quando não atiro-lhes já ás pernas os meus cães de fila.»
— Perdão, só um instante, replicou o gallo empoleirado na cabeça do jumento; não me poderias dizer quem é que abriu aos ladrões na noite passada a porta do castello?»
O porteiro córou. O conde que estava á janella, disse-lhe:
— Ó Bernabé, responde ao que esse gallo te acaba de perguntar.
— Senhor, replicou Bernabé, este gallo é um miseravel. Não fui eu que abri a porta aos seis ladrões.
— Como é então, meu velhaco, tornou o conde, que tu sabes que eram seis?
Seja como for, disse João, aqui lhe trazemos o